Forjamento
Introdução
O
forjamento é uma operação de conformação mecânica que tem como objetivo dar
forma aos metais através de martelamento ou esforço de compressão. Acredita-se
que os forjamentos mais antigos tenham se iniciado em algumas regiões do Oriente
Médio 8.000 a.C, onde ferro e bronze fundidos foram forjados pelo processo a
quente, por esses homens da antiguidade para produzir ferramentas manuais,
instrumentos e armas, como facas, adagas e lanças.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, o forjamento a frio foi aplicado e aprimorado na
Alemanha para a fabricação de peças de aeronaves e munição para armas.
No
decorrer do tempo, diferentes tipos de máquinas para forjamento foram
desenvolvidos e introduzidos. Foi procurado obter maiores forças de
conformação, aperfeiçoar o processo de duplicação de peças através de moldes
fechados ou aumentar a resposta das ferramentas no trabalho a altas
temperaturas.
Na atualidade, o forjamento é um processo que
permite um bom custo-benefício na fabricação de peças.
Forjamento a Quente
O
forjamento a quente é o processo de conformação onde o metal a ser forjado se
encontra acima da temperatura de recristalização. Isto faz com que durante a
deformação os mecanismos de recuperação e recristalização aconteçam, inibindo a
geração de tensões internas e favorecendo a ductilidade pela formação e aumento
dos grãos.
Abaixo é apresentada uma tabela que relacionam alguns metais e suas
faixas de temperatura para forjamento:
Para que
o forjamento seja bem sucedido é necessário que todo o corpo esteja a uma
temperatura uniforme, que é conseguida através de fornos de câmara, de indução
e de atmosfera controlada quando necessário.
No
forjamento a quente, deve-se ter um cuidado especial por conta da formação da carepa (um óxido originado ao redor da
peça aquecida que pode chegar de 2% a 4% do peso) que como qualquer óxido, tem
como característica uma dureza elevada podendo ocasionar defeitos a peça ou até
mesmo danificar a matriz.
Assim
como no forjamento a frio, este processo se utiliza de prensas martelo,
hidráulicas e excêntricas diferindo na energia/força que será aplicada (menor,
pois o metal aquecido flui com maior facilidade) e na resistência as altas
temperaturas.
As matrizes podem ser tanto abertas
(livres) quanto fechadas, sendo que a primeira é bastante utilizada para se
consegui as dimensões necessárias a segunda. Normalmente são necessárias varias
etapas para se obter a peça final.
Vantagens do Processo
- O
processo a quente necessita de menor energia para deformar o metal, já que a
tensão de escoamento decresce com o aumento da temperatura, que por sua vez
aumenta a capacidade do material de escoar sem se romper (ductilidade);
-Maior
conformabilidade/forjabilidade;
- Homogeneização
química da estrutura;
Desvantagens do Processo
- As
matrizes fechadas devem possuir calha de
rebarba;
- O
acabamento superficial e a tolerância geométrica (devido à expansão e contração
do metal) são inferiores ao tratamento a frio;
- Geração
de carepa;
- Necessidade
de equipamentos especiais (fornos, manipuladores, etc.) e gasto de energia para
aquecimento das peças;
- Desgaste
das ferramentas é maior e a lubrificação é difícil.
Toda a operação de forjamento precisa de uma matriz. Ela ajuda a fornecer o formato final da peça forjada, além de ser determinante na classificação dos processos de forjamento, os quais podem ser:
As matrizes de forjamento são
submetidas a altas tensões de compressão, altas solicitações térmicas e, ainda,
a choques mecânicos. Devido a essas condições de trabalho, é necessário que
essas matrizes apresentem alta dureza, elevada tenacidade,
resistência à fadiga, alta resistência mecânica a quente e alta resistência ao
desgaste. Por isso, elas são
feitas, em sua maioria, de blocos
de aços-liga forjados e tratados termicamente. Quando as solicitações são ainda maiores, as matrizes são fabricadas
com metal duro.
Forjamento em Matriz Aberta ou Forjamento Livre
Forjamento a Frio
O forjamento a frio tem esse nome, pois o
processo é realizado abaixo da temperatura de recristalização do material
forjado.
A carga utilizada para a conformação por
forjamento a frio é muito grande, podendo chegar até a 15000 toneladas para
prensas de grande porte. Isso causa um grande desgaste das ferramentas e da
matriz.
A velocidade de trabalho também influencia na
vida da ferramenta, e um patamar de velocidade deve ser escolhido de acordo com
a carga aplicada.
O acabamento
superficial e a exatidão dimensional de uma peça forjada a frio são superior ao
do forjamento a quente e até de outros processos de conformação e fundição.
Geralmente as peças forjadas a frio já saem da matriz pronta para serem
utilizadas, sem necessidade de ajustes de superfície ou dimensão
MatrizesToda a operação de forjamento precisa de uma matriz. Ela ajuda a fornecer o formato final da peça forjada, além de ser determinante na classificação dos processos de forjamento, os quais podem ser:
·
Forjamento em matrizes
abertas, ou forjamento livre;
·
Forjamento em matrizes
fechadas.
As matrizes de forjamento são
submetidas a altas tensões de compressão, altas solicitações térmicas e, ainda,
a choques mecânicos. Devido a essas condições de trabalho, é necessário que
essas matrizes apresentem alta dureza, elevada tenacidade,
resistência à fadiga, alta resistência mecânica a quente e alta resistência ao
desgaste. Por isso, elas são
feitas, em sua maioria, de blocos
de aços-liga forjados e tratados termicamente. Quando as solicitações são ainda maiores, as matrizes são fabricadas
com metal duro.
Forjamento em Matriz Aberta ou Forjamento Livre
O material é conformado entre matrizes planas ou de formato simples, que
normalmente não se tocam. É usado geralmente para fabricar peças grandes, com
forma relativamente simples (p. ex., eixos de navios e de turbinas, ganchos,
correntes, âncoras, alavancas, excêntricos, ferramentas agrícolas, etc.) e em
pequeno número; e também para pré-conformar peças que serão submetidas
posteriormente a operações de forjamento mais complexas. Como exemplos de peças
produzidas por este processo têm-se eixos de navios e de turbinas, ganchos,
correntes, âncoras, alavancas, etc.
O material é conformado entre
duas metades de matriz que possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões com o
formato que se deseja fornecer à peça.
A deformação ocorre sob alta
pressão em uma cavidade fechada ou semi-fechada, permitindo assim obter-se
peças com tolerâncias dimensionais menores do que no forjamento livre.
Nos casos em que a deformação
ocorre dentro de uma cavidade totalmente fechada, sem zona de escape, é
fundamental a precisão na quantidade fornecida de material: uma quantidade
insuficiente implica falta de enchimento da cavidade e falha no volume da peça;
um excesso de material causa sobrecarga no ferramental, com probabilidade de
danos ao mesmo e ao maquinário.
Dada à dificuldade de
dimensionar a quantidade exata fornecida de material, é mais comum empregar um
pequeno excesso e incorporar as matrizes uma zona oca especial para recolher o
material excedente ao término do preenchimento da cavidade principal. O
material excedente forma uma faixa estreita (rebarba) em torno da peça forjada.
A rebarba exige uma operação posterior de corte (rebarbação) para remoção.
Comparativamente ao forjamento livre, esta
operação em matriz fechada, usa ferramentas mais complexas (e mais
dispendiosas) e um menor número de operações para fabricar a peça. Por usar
matrizes mais dispendiosas o forjamento em matriz fechada é normalmente usado
para a fabricação de peças que serão produzidas em massa, para que assim valha
o investimento feito nas matrizes. A presença de rebarba, cortada na operação
final, é uma característica do processo.
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