segunda-feira, 7 de março de 2016

Cálculo de rpm de engrenagem

Cálculo de rpm de engrenagem

     Como já dissemos, a transmissão de movimentos pode ser feita por conjuntos de polias e correias ou por engrenagens. Quando se quer calcular a rpm de engrenagens, a fórmula é muito semelhante à usada para o cálculo de rpm de polias. Observe:

     Em que n1 e n2 são, respectivamente, a rpm da engrenagem motora e da engrenagem movida e Z2 e Z1 representam, respectivamente, a quantidade de dentes das engrenagens movida e motora.
    Vamos supor que você precise descobrir a velocidade final de uma máquina, cujo sistema de redução de velocidade tenha duas engrenagens: a primeira (motora) tem 20 dentes e gira a 200 rpm e a segunda (movida) tem 40 dentes.


    Se você tiver um conjunto com várias engrenagens, a fórmula a ser usada será a mesma. 
    Como exemplo, vamos calcular a rpm da engrenagem D da figura a seguir.


Primeiro estágio:

Dica 

    Assim como é possível calcular o diâmetro da polia usando a mesma fórmula para o cálculo de rpm, pode-se calcular também o número de dentes de uma engrenagem:

     Vamos calcular o número de dentes da engrenagem B da figura acima.





Cálculo de rpm em conjuntos redutores de velocidade

Cálculo de rpm em conjuntos redutores de velocidade

    Os conjuntos redutores de velocidade agrupam polias de tamanhos desiguais de um modo diferente do mostrado com a furadeira. São conjuntos parecidos com os mostrados na ilustração a seguir.
    Apesar de parecer complicado pelo número de polias, o que você deve observar nesse conjunto é que ele é composto de dois estágios, ou etapas. Em cada um deles, você tem de descobrir quais são as polias motoras e quais são as polias movidas.
    Uma vez que você descubra isso, basta aplicar, em cada estágio, a fórmula. 
   Então, vamos supor que você tenha de calcular a velocidade final do conjunto redutor da figura acima. O que precisamos encontrar é a rpm das polias movidas do primeiro e do segundo estágio. 
    A fórmula, como já sabemos, é : 
Primeiro estágio:
Calculando:

    No segundo estágio, a polia motora está acoplada à polia movida do primeiro estágio. Assim, n2 da polia movida do primeiro estágio é n1 da polia motora do segundo estágio (à qual ela está acoplada), ou seja, n2 = n1 . Portanto, o valor de n1 do segundo estágio é 400.





Portanto, a velocidade final do conjunto é 100 rpm.


Cálculo de RPM

Calculando RPM - Parte 1

     Os conjuntos formados por polias e correias Calculando RPM e os formados por engrenagens são responsáveis pela transmissão da velocidade do motor para a máquina. .
    Geralmente, os motores possuem velocidade fixa. No entanto, esses conjuntos transmissores de velocidade são capazes também de modificar a velocidade original do motor para atender às necessidades operacionais da máquina. 
    Assim, podemos ter um motor que gire a 600 rotações por minuto (rpm) movimentando uma máquina que necessita de apenas 60 rotações por minuto. 
    Isso é possível graças aos diversos tipos de combinações de polias e correias ou de engrenagens, que modificam a relação de transmissão de velocidade entre o motor e as outras partes da máquina. Em situações de manutenção ou reforma de máquinas, o mecânico às vezes encontra máquinas sem placas que identifiquem suas rpm. 
    Ele pode também estar diante da necessidade de repor polias ou engrenagens cujo diâmetro ou número de dentes ele desconhece, mas que são dados de fundamental importância para que se obtenha a rpm operacional original da máquina. 
    Vamos imaginar, então, que você trabalhe como mecânico de manutenção e precise descobrir a rpm operacional de uma máquina sem a placa de identificação. Pode ser também que você precise repor uma polia do conjunto de transmissão de velocidade. 
    Diante desse problema, quais são os cálculos que você precisa fazer para realizar sua tarefa? 

Rpm

    A velocidade dos motores é dada em rpm por minuto.Como o nome já diz, a rpm é o número de voltas completas que um eixo, ou uma polia, ou uma engrenagem dá em um minuto.

Dica: O termo correto para indicar a grandeza medida em rpm é frequência. Todavia, como a palavra velocidade é comumente empregada pelos profissionais da área de Mecânica.

    A velocidade fornecida por um conjunto transmissor depende da relação entre os diâmetros das polias. Polias de diâmetros iguais transmitem para a máquina a mesma velocidade (mesma rpm) fornecida pelo motor.


    Polias de tamanhos diferentes transmitem maior ou menor velocidade para a máquina. Se a polia motora, isto é, a polia que fornece o movimento, é maior que a movida, isto é, aquela que recebe o movimento, a velocidade transmitida para a máquina é maior (maior rpm). 
    Se a polia movida é maior que a motora, a velocidade transmitida para a máquina é menor (menor rpm).


    Existe uma relação matemática que expressa esse fenômeno: 

    Em que n1 e n2 são as rpm das polias motora e movida, respectivamente, e D 2 e D1 são os diâmetros das polias movida e motora. 
    Da mesma forma, quando o conjunto transmissor de velocidade é composto por engrenagens, o que faz alterar a rpm é o número de dentes. 
    É importante saber que, em engrenagens que trabalham juntas, a distância entre os dentes é sempre igual. menor rpm maior rpm mesma rpm 
    Desse modo, engrenagens com o mesmo número de dentes apresentam a mesma rpm.

    Engrenagens com números diferentes de dentes apresentam mais ou menos rpm, dependendo da relação entre o menor ou o maiornúmero de dentes das engrenagens motora e movida.


    Essa relação também pode ser expressa matematicamente:

    Nessa relação, n1 e n2 são as rpm das engrenagens motora e movida, respectivamente. Z2 e Z1 são o número de dentes das engrenagens movida e motora, respectivamente. 
    Mas o que essas informações têm a ver com o cálculo de rpm? Tudo, como você vai ver agora.

Cálculo de rpm de polias 

    Voltemos ao nosso problema inicial. 
   Você está reformando uma furadeira de bancada na qual a placa de identificação das rpm da máquina desapareceu. Um de seus trabalhos é descobrir as várias velocidades operacionais dessa máquina para refazer a plaqueta. A máquina tem quatro conjuntos de polias semelhantes ao mostrado na figura a seguir.

    Os dados que você tem são: a velocidade do motor e os diâmetros das polias motoras e movidas.
  Como as polias motoras são de tamanho diferente das polias movidas, a velocidade das polias movidas será sempre diferente da velocidade das polias motoras. 
    É isso o que teremos de calcular. 
   Vamos então aplicar para a polia movida do conjunto A a relação matemática:
    Substituindo os valores na fórmula:

    Vamos fazer o cálculo para a polia movida do conjunto B:
    Substituindo os valores na fórmula, temos:

FONTE: https://fabioferrazdr.files.wordpress.com





Matemática - Dicas para calcular três vezes mais rápido

Matemática- 3 Dicas para calcular 3 vezes mais rápido

    
     Às vezes, dependendo do tamanho da conta, você pode acabar se perdendo entre tantos números. Quem nunca demorou para fazer uma simples subtração pelo número de algarismos envolvidos no processo? Pois bem, longe do que somos doutrinados no ensino fundamental, muitos dos mais básicos cálculos matemáticos podem ser resolvidos de maneiras muito mais simples e práticas do que imaginamos.
    Contando com alguns macetes, relacionados a todos os tipos de conta dentro de determinada restrição matemática, é possível calcular muito mais rápido e com extrema precisão. Existem vários “caminhos a serem cortados” entre os cálculos, e podemos conseguir economizar muito tempo contando com algumas dicas para driblar as longas contas matemáticas.
      Não fique desesperado procurando pelo X que parece ter sumido para sempre: Com essas três dicas matemáticas, comprovadas a partir de testes variados, você pode calcular três vezes mais rápido e de forma muito mais prática e precisa. Confira alguns macetes!

Elevar um número ao quadrado


     Considerando um número de dois dígitos que termine com o número 5, você pode calcular o seu quadrado simplesmente multiplicando o primeiro algarismo da dezena por ele mesmo quando somado a um, colocando depois o 25 no final.

Ex.: 25*25 = 2* (2+1) = 6

6 com 25 = 625

Multiplicações por 5 podem ser iguais a divisões por 2


     O que? Calma, essa dica é bem fácil de se entender: Se você busca por um número qualquer multiplicado por 5, basta dividir esse número por 2 e depois adicionar um 0 no fim (multiplicar por 10). 
       O inverso do processo também funciona, pois se você quer saber quanto é um número dividido por 5, pode multiplica-lo por 2 e colocar uma vírgula ao andar uma casa para a esquerda (dividir por 10). 
Confira os exemplos:

Ex 1.: 26*5 = 26/2 = 13

Com o 0 no final: 130

Ex 2.: 26/5 = 26*2 = 52

Uma casa à esquerda: 5,2


Subtrações de 1000 menos X


     Para subtrair qualquer número de milhar, conte com esta regra básica para o cálculo mais rápido: Subtraia individualmente cada digito de 9, com exceção do último, que deverá ser subtraído de 10. Vamos por partes:
Ex.: Considere a conta 1000 – 528

9 – 5 = 4
9 – 2 = 7
10 – 8 = 2
Resposta final: 472

Com esses pequenos macetes, você pode acelerar muitos dos seus cálculos e garantir o término de suas contas em pouco tempo!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

TORNEAMENTO

CONCEITO


O torneamento é a operação por intermédio da qual um sólido indefinido é feito girar ao redor do eixo da máquina operatriz que executa o trabalho de usinagem (o torno) ao mesmo tempo em que uma ferramenta de corte lhe retira material perifericamente, de modo a transformá-lo numa peça bem definida, tanto em relação à forma como às dimensões.

No torneamento, a matéria prima (tarugo) tem inicialmente a forma cilíndrica. A forma final é cônica ou cilíndrica. Na operação de corte a ferramenta executa movimento de translação, enquanto a peça gira em torno de seu próprio eixo.


Evolução Histórica I

O torno desde antigamente vem sendo usado como meio de fabricar rodas, partes de bombas de água, cadeiras, mesas, e utensílios domésticos. Sabe-se que antigas civilizações, a exemplo dos egípcios, assírios e romanos, já utilizavam antigos tornos como um meio fácil de fazer objetos com formas redondas.
  

 Os Tornos de Vara foram muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser utilizados até o século 19 por alguns artesões. Nesse sistema de torno a peça a ser trabalhada era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão e sua outra extremidade era amarrada a um pedal. O pedal quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara por sua vez fazia o retorno. Por ser fácil de montar esse tipo de torno permitia que os artesões se deslocassem facilmente para lugares onde houvesse a matéria prima necessária para eles trabalharem. 





A necessidade por uma velocidade contínua de rotação fez com que fossem criados os Tornos de Fuso. Esses tornos necessitavam de duas pessoas para serem utilizados (mais, dependendo do tamanho do fuso), enquanto um servo girava a roda o artesão utilizava suas ferramentas para dar forma ao material. Esse torno permitia que objetos maiores e com materiais mais duros fossem trabalhados.


Com a invenção da máquina a vapor por James Watt, os meios de produção como teares e afins foram adaptados à nova realidade. O também inglês Henry Moudslay adaptou a nova máquina a um torno criando o primeiro torno a vapor.

Essa invenção não só diminuía a necessidade de mão de obra, uma vez que os tornos podiam ser operados por uma pessoa apenas, como também fez com que a mão de obra se tornasse menos especializada. A medida que a manufatura tornava-se mais mecânica e menos humana as caras habilidades dos artesões eram substituídas por mão de obra barata.

Isso deu condições para que Whitworth em 1864 mantivesse uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas ferramenta. Moudslay e Whitworth ainda foram responsáveis por várias outras mudanças nos tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal.



Evolução Histórica II



1906: Torno já tem incorporadas todas as modificações feitas por Moudsley e Whitworth. A correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de diferentes diâmetros, o que possibilitava uma variada gama de velocidades de rotação. Sua propulsão era obtida através de um eixo acionado por um motor, o que fixava a máquina a um local específico.

1925: Torno Paralelo. O problema de ter de fixar o torno é resolvido pela substituição do mesmo por um motor elétrico nos pés da máquina. A variação de velocidades vinha de uma caixa de engrenagem e desengates foram postos nas sapatas para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar de apresentar dificuldades para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas é o mais usado atualmente

1960: Torno Automático. Para satisfazer a exigência de grande rigidez criou-se uma estrutura completamente fechada. A máquina é equipada com um engate copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito através de uma agulha.

1978: Torno CNC. Apesar de não apresentar nenhuma grande mudança na sua mecânica, o torno de CNC como é chamado substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa.

Evolução Histórica III – Ferramentas de Corte

As ferramentas para torneamento sofreram um processo evolutivo ao longo do tempo. A demanda da produção, cada vez mais acelerada forçou a procura por ferramentas mais duráveis e eficientes. Dos cinzéis utilizados nas operações manuais até as pastilhas cerâmicas de alta resistência.


Os primeiros passos de pesquisa passaram pela procura das melhores geometrias para a operação de corte. A etapa seguinte dedicou-se à busca de materiais de melhores características de resistência e durabilidade. Finalmente passou-se a combinar materiais em novos modelos construtivos sincronizando as necessidades de desempenho, custos e redução dos tempos de parada no processo produtivo. Como resultado desta evolução consagrou-se o uso de ferramentas compostas, onde o elemento de corte é uma pastilha montada sobre uma base.


 


TIPOS DE TORNOS


Torno Mecânico Paralelo

É o tipo mais generalizado e presta-se a um grande número de operações de usinagem.



Torno Mecânico Vertical

Usado principalmente para peças muito pesadas que não poderiam ser fixadas em um torno paralelo.



Torno de Faces

Usado principalmente para peças grandes e de pouca espessura



Torno revólver

torno que tem como característica a fabricação em série de peça com auxílio do cabeçote móvel que vem adaptado a várias ferramentas diferentes para executar processos de usinagem com rapidez, em peças pequenas (ex: buchas).


Torno de platô

Em geral de eixo horizontal, serve para tornear peças curtas, porém de grande diâmetro.


Torno CNC

máquina na qual o processo de usinagem é feita por comando numérico computadorizado (CNC) através de coordenadas X (vertical) e Z (longitudinal). Sua grande vantagem em relação ao torno mecânico é o acabamento e o tempo de produção.


PARÂMETROS GEOMÉTRICOS


 Principais movimentos:



1 – Rotação da peça  CORTE 
2 – Translação da ferramenta  AVANÇO 
3 – Transversal da ferramenta  PROFUNDIDADE




Os Parâmetros de Corte

Para compreendermos melhor a interação entre a peça e a ferramenta precisamos entender os movimentos relativos entre elas. Esses movimentos são referidos a peça, considerando-a parada. 
  • Movimento de Corte  1: é o movimento entra a ferramenta e a peça, que, sem o movimento de avanço gera apenas uma remoção de cavaco durante um curso.
  •  Movimento de Avanço  2: é o movimento entre a peça e a ferramenta, que, junto com o movimento de corte, gera um levantamento repetido ou contínuo de cavaco durante vários cursos ou voltas.
  • Movimento Efetivo de Corte: é o resultado dos movimentos de corte e avanço realizados de maneira simultânea.
  • Movimento de Profundidade  3: é o movimento entre a peça e a ferramenta no qual a espessura da camada de material a ser retirada é determinada de antemão. 
As principais operações executáveis através de torneamento são:


Torneamento externo
Torneamento interno
Rosqueamento
Sangramento
Faceamento

Recartilhamento
FERRAMENTAS DE CORTE

Características

A principal característica que uma ferramenta de corte deve apresentar é a dureza a quente. Para trabalhar metais, os principais materiais usados são os aços especiais, o aço rápido (HSS) e o metal duro (numa escala crescente de dureza). Entretanto a maior dureza do metal duro é obtida em detrimento de sua tenacidade, resistindo menos a eventuais choques com a peça usinada.


Parâmetros geométricos – Ângulos da ferramenta de corte





B - Angulo de Cunha: depende do tipo de material, da peça, da ferramenta e do tipo de serviço. Para materiais de grande resistência ou serviços de desbaste aumenta-se o ângulo de cunha, facilitando dessa forma a dissipação de calor gerado no corte.

A - Angulo de Folga: depende do material a ser usinado. É menor para os materiais duros e frágeis e, maior para os materiais dúcteis.

G - Angulo de Saída: tem influência direta sobre a direção do plano de cisalhamento. Quando o ângulo de saída diminui, aumenta o comprimento do plano do plano de cisalhamento, aumenndo o esforço cisalhante e a potencia necessária ao corte.


VELOCIDADE DE CORTE

A velocidade de corte no torno é a que têm um ponto da superfície que se corta quando esta gira. Mede-se em metros por minuto e o valor correto se consegue fazendo com que o torno gire nas rotações adequadas.

A velocidade de corte depende, entre outros, dos seguintes fatores:
  • Material a tornear.
  • Diâmetro desse material.
  • Material da ferramenta.
  • Operação a ser executada.
Conhecidos esses fatores, tabelas como a do exemplo abaixo permitem determinar a velocidade de corte para cada caso. Com isso pode-se encontrar a velocidade de rotação adequada.

TABELA DE VELOCIDADES DE CORTE (V) PARA TORNO
(em metros por minuto)
Material a ser torneado
Ferramentas de Aço Rápido
Ferramentas de Carboneto Metálico
Desbaste
Acabamento
Roscar / Recartilhar
Desbaste
Acabamento
Aço 0,35%C
25
30
10
200
300
Aço 0,45%C
15
20
8
120
160
Aço Extra Duro
12
16
6
40
60
Ferro Fundido Maleável
20
25
8
70
85
Ferro Fundido Gris
15
20
8
65
95
Ferro Fundido Duro
10
15
6
30
50
Bronze
30
40
10-25
300
380
Latão e Cobre
40
50
10-25
350
400
Alumínio
60
90
15-35
500
700
Fibra e Ebonite
25
40
10-20
120
150